"Eu sou aquele que chegou no lugar onde nunca ninguĂ©m esteve. É assim que minha solidĂŁo me convence de que estar sĂł depende muito do fato de estar cheio: cheio de algo. cheio de alguĂ©m. Eu sou aquele que estĂĄ onde ninguĂ©m nunca veio, aonde ninguĂ©m nunca chegou. Eu sou as estaçÔes que ninguĂ©m nunca descobriu porque eu sinto que verĂŁo-inverno se conversam num mesmo dia; eu sou aquela flor sem nome cuja semente Ă© infĂ©rtil e ninguĂ©m nunca pegou nas mĂŁos e disse “amor”. Eu sou o insaciĂĄvel de alguĂ©m que ainda nĂŁo se descobriu distante e procurou matar-se para aliviar-se do mundo. Eu sou todos estes buracos escondidos dentro de um coração que esqueceram de cuidar e assim morreu de oco, de velho, de ser. (ser vazio, ser doĂ­do, ser teu)"
— Igor Pires

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